Redação - 18/11/2024 09:17 || Atualizado: 18/11/2024 09:17
O dentista Caio Felipe Pacheco Fortunato, que foi preso no último dia 14 na Operação Denarc 64, em Teresina, teve seu pedido de liberdade negado pela justiça. A defesa entrou com um pedido de habeas corpus alegando que Caio é sócio minoritário e dono de apenas 1% da Barão Comércio de Veículos, pertencente ao seu pai, e usada para lavar dinheiro do tráfico de drogas. De acordo com o pedido de habeas corpus, Caio Felipe não possui qualquer vínculo com os demais investigados e a acusação contra ele baseia-se unicamente em sua participação societária nas empresas investigadas.
Ainda segundo a defesa do dentista, o pedido de prisão contra Caio não descreve sua participação nos crimes e o bloqueio de bens e valores das empresas e do CPF dele mitigam qualquer risco à ordem pública. Diz a defesa de Caio que "as condições pessoais do paciente, aliadas à falta de provas de sua participação nos crimes investigados, tornam sua prisão preventiva desproporcional e injusta".
Os advogados requereram concessão de liminar para expedição de alvará de soltura em favor do dentista ou então que sua prisão preventiva seja substituída por medidas cautelares. O pedido foi negado pelo desembargador Erivan Lopes. No entendimento dele, é muito cedo para concluir a ilegalidade da prisão de Caio para garantia da ordem pública, uma vez que há materialidade do delito e dos indícios de autoria dos crimes de lavagem de dinheiro e tráfico.
Quanto à alegação da defesa de que Caio é apenas sócio minoritário da empresa, Erivan Lopes pontuou que só com o decorrer das investigações isso poderá ser apurado. "Por fim, convém assinalar que as eventuais condições favoráveis do paciente não impedem a decretação da custódia preventiva quando presentes seus requisitos, valendo destacar que, no caso, a gravidade da conduta é apta a justificar a necessidade de garantir a ordem pública", finaliza Erivan Lopes em sua decisão. O desembargador indeferiu o pedido de liberdade impetrado pela defesa de Caio Felipe e manteve o dentista preso preventivamente.