• Redação - 04/12/2024 10:04 || Atualizado: 05/12/2024 12:10

Funcionários de bancos e um contador estão entre os alvos da Operação Contrafeito, deflagrada na manhã desta quarta-feira (4), que investiga fraudes em operações financeiras. Ao todo, estão sendo cumpridos nove mandados de busca e apreensão e três mandados de prisão nas cidades de Teresina e Timon. Até o momento, duas pessoas já foram presas.

A ação de hoje é um desdobramento de uma operação realizada em dezembro de 2022. Os agentes também cumprem mandados contra empresas ligadas ao grupo investigado e outros suspeitos. A Justiça também autorizou o sequestro de bens e contas dos envolvidos, totalizando o montante de R$ 8.687.931,39.

Conforme as investigações, servidores e gerentes de banco recebiam vantagens indevidas para liberar empréstimos e financiamentos a empresas, muitas delas com endereços fictícios ou inexistentes. Os valores desses empréstimos eram obtidos com base em documentos contábeis e faturamentos fraudulentamente manipulados pelos envolvidos.

"Identificamos, a partir de outra operação, uma conexão entre funcionários de bancos, contadores e empresas de fachada. Eles conseguiam levantar valores significativos com a ajuda desses servidores que facilitavam o esquema", explicou o delegado Ferdinando Martins, do Departamento de Combate à Corrupção (DECCOR).

Ainda segundo o delegado Ferdinando Martins, empresas de fachada manipulavam informações para obter empréstimos fraudulentos. Em apenas um dos bancos lesados, foi identificado um prejuízo de R$ 3 milhões.

“Uma determinada instituição bancária sofreu um prejuízo de R$ 3 milhões em operações fraudulentas. As empresas de fachada eram de diversas naturezas, como prestadoras de serviços e lojas de autopeças, e contavam com sócios que manipulavam dados, informações contábeis e bancárias para simular um faturamento inexistente, com o objetivo de obter os empréstimos. Nosso objetivo é fechar o cerco contra esse grupo criminoso", destacou o delegado.

Os investigados responderão por crimes como corrupção, fraude documental, associação criminosa e lavagem de dinheiro.

A Operação Contrafeito conta com o apoio do Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Draco), do Departamento de Operações Especiais (Depoe) e da Força Estadual Integrada de Segurança Pública (Feisp). As diligências continuam em andamento.