• Redação - 14/10/2024 12:57 || Atualizado: 17/10/2024 10:35

Documentos juntados em Ação de Investigação Judicial Eleitoral contra João Félix revelam que até estagiário do Ministério Público, empresária irmã de vereadora de Campo Maior e servidora pública de Jatobá recebiam benefícios do Bolsa Social, que deveriam ser exclusivos de pessoas pobres.

A investigação, que busca apurar o possível mau uso do programa para fins eleitorais, revelou informações que estão causando repercussão estadual.

As listas que já estão em poder da Justiça revelam nomes de empresárias, comerciantes, caseiros das fazendas do prefeito João Félix em Jatobá do Piauí e nomes até de falecidos.


Novos dados revelam que, entre os beneficiários listados como “pobres” pelo programa, encontram-se nomes que chamam a atenção por suas aparentes condições socioeconômicas ou vínculos políticos:

Chamou a atenção que conta na lista de falsos pobres beneficiados a empresária Julian Dorath, empresária, proprietária da loja Bem Me Quer Variedades e irmã da vereadora Gabriela Pinho, recentemente eleita com mais de 1 mil votos em Campo Maior. 
A empresária está na lista do Bolsa Social desde fevereiro de 2022 e recebe R$ 1 mil mensal. O que também está causando perplexidade no meio da população campo-maiorense é o nome de um estagiário do Ministério Público de Campo Maior está entre os beneficiados do Bolsa Social.   

A inclusão desses nomes na lista de beneficiários levanta questionamentos sobre os critérios de seleção e a real necessidade dessas pessoas receberem auxílio destinado à população carente, ou a ausência de qualquer critério para fins eleitorais e de abuso de poder, como no caso de cooptação de estagiário do Promotor que tem por função investigar o Prefeito.


A ação judicial, movida pela Federação PSOL/REDE de Campo Maior, alega que o programa Bolsa Social, originalmente criado para atender 220 beneficiários com bolsas de até R$ 1.000, estaria sendo usado com desvio de finalidade. Segundo a denúncia, o número de beneficiários teria mais que dobrado sem autorização legal ou orçamentária.


É importante ressaltar que, até o momento, estas são alegações que estão sendo investigadas pela Justiça Eleitoral. Todos os envolvidos têm o direito de apresentar sua defesa e as investigações continuam em andamento para determinar a veracidade das acusações e as possíveis implicações legais e eleitorais.