"Família do crime" presa pelo DRACO tentou vender produtos falsificados a policial

Uma ação conjunta da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (DRACO) e da Força Estadual de Segurança Pública (FEISP) nesta quarta-feira (29) resultou na prisão de 10 pessoas envolvidas em um esquema criminoso de estelionato no Piauí. O grupo, conhecido como uma “família do crime”, é oriundo da região Sul do Brasil e estava praticando diversos golpes e cometendo o crime de estelionato na capital e na região metropolitana de Teresina.

A quadrilha foi identificada após uma denúncia recebida na cidade de Altos, onde um comerciante suspeitou da venda de equipamentos agrícolas, máquinas e ferramentas por um valor muito abaixo do praticado no mercado. Os criminosos utilizavam um esquema de fraude sofisticado, segundo as investigações, eles compravam ferramentas genéricas, reetiquetavam os produtos com a marca conhecida no mercado e emitiam notas fiscais falsas, enganando os compradores e causando prejuízos significativos, como explica o delegado do DRACO, Charles Pessoa.

“Nós identificamos um grupo que vinha praticando crimes de estelionato aqui em Teresina e região metropolitana. Este grupo é do Paraná, mas viajam o Brasil cometendo esses delitos. Eles compram essas mercadorias, como motosserras e roçadeiras de uma marca importada, por cerca de R$ 400 reais e adesivam, como se fosse de uma marca conceituada no mercado brasileiro, e vendem R$ 1.500 reais ou mais. Na verdade, os compradores estava caindo em um golpe”, explicou.

A Polícia Civil confirmou que os indivíduos teriam oferecidos os produtos falsificados a policial, que também desconfiou do preço abaixo do valor de mercado e repassou para o delegado Daniel Pires, que está à frente das investigações. Durante a abordagem policial, constatou-se que seis homens e quatro mulheres estavam hospedados em hotéis próximos à rodoviária de Teresina, utilizando picapes para a distribuição dos produtos falsificados. Todos os detidos confessaram envolvimento nos crimes. Ainda segunda as investigações, a quadrilha já atuava em outros estados e reforçou a importância da ação conjunta para desarticular esse tipo de golpe.