• Redação - 21/01/2025 09:49 || Atualizado: 21/01/2025 09:49

O policial civil Ivan Machado Veras foi demitido da Secretaria de Segurança Pública do Piauí (SSP-PI) após a conclusão de um processo administrativo que apontou seu envolvimento no crime de estupro de vulnerável. O caso teria ocorrido dentro da Delegacia de Polícia de Barras, no dia 9 de junho de 2024, por volta das 20h20 onde a vítima, uma adolescente, foi abusada. A decisão, assinada pelo secretário de Segurança Pública, Chico Lucas, e publicada no Diário Oficial do Estado nesta segunda-feira (20).

De acordo com o Diário Oficial do Estado, a menor de idade identificada como B. S. de C. procurou a delegacia para obter uma cópia de uma medida protetiva relacionada a um conflito familiar. Segundo as investigações, Ivan estava sozinho de plantão e, após interagir com a adolescente, a conduziu até uma área restrita a servidores, onde os abusos ocorreram.

No depoimento, a vítima relatou que ficou intimidada com a presença constante da arma de fogo do policial, o que a deixou sem reação. Dias após o ocorrido, a adolescente procurou um posto de saúde por temer uma possível gravidez, e foi o momento em que revelou o abuso sofrido. O médico responsável pelo atendimento notificou o Conselho Tutelar, que levou o caso às autoridades policiais no dia 14 de junho de 2024.

Após tomar conhecimento do caso, o policial Lima Júnior, que estava de plantão na época, foi orientado a registrar um boletim de ocorrência em modo restrito e deu início às providências legais, incluindo a requisição de perícias. Durante o inquérito, a vítima descreveu com precisão o ambiente do alojamento, mencionando detalhes como a existência de uma beliche e um espelho de parede. A gravidade das acusações levou à solicitação da prisão preventiva de Ivan Machado Veras, além da suspensão do porte de arma.

O processo administrativo concluiu pela penalidade de demissão do servidor, confirmando sua responsabilidade nos atos denunciados. A demissão foi assinada pelo secretário Chico Lucas com efeitos a partir da publicação no DOU. As investigações seguem a cargo da Polícia Civil.